domingo, 14 de junho de 2009

Voo 447 caiu por 'convergência de causas', admite Airbus

PARIS - O voo 447 da Air France caiu por uma "convergência de causas diferentes", mas ainda é cedo para determiná-las, afirmou o diretor-geral do grupo aeroespacial europeu EADS, que controla a Airbus, em declarações publicadas neste domingo, 14. O consórcio europeu fabricou o avião A330-200 da Air France que sofreu um acidente em 31 de maio com 228 pessoas a bordo na rota Rio-Paris.


"Em um acidente não existe uma única causa", afirmou o diretor executivo da empresa, Louis Gallois. Os investigadores se concentram na possibilidade de que os monitores externos de velocidade, chamados de tubos Pitot, teriam ficado encobertos de gelo e emitiram falsas leituras aos computadores do avião enquanto o aparelho enfrentava uma forte tempestade.


A Air France ordenou em 27 de abril a substituição dos tubos Pitot, fabricados pelo consórcio francês Thales Group, em todos os Airbus da empresa depois de notar a perda de informação sobre a velocidade dos aparelhos em alguns voos dos modelos A330 e A340. Os tubos Pitot da aeronave que se acidentou no Oceano Atlântico ainda não tinham sido trocados.


Gallois destacou que os investigadores "não sabem se os Pitot contribuíram para o acidente. "Sabemos que a Thales melhorou seus Pitot com um modelo novo porque tiveram alguns problemas com a água na decolagem e na aterrissagem", afirmou. "Não foi um problema igual ao enfrentado por um avião que voa a 25 mil pés de altura (7.620 metros)". O executivo insistiu que a Airbus, e não a Thales, "é responsável pelos aviões".


O diretor-geral da Airbus, Tom Enders, afirmou que a empresa colabora com a Air France e as autoridades francesas que lideram as investigações para solucionar o "mistério do acidente".

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